Mentira nº 1 - Chávez não quer um referendo de destituição
De fato, o referendo de destituição é um instrumento introduzido pela nova constituição Bolivariana. A fim de pô-lo em andamento, um determinado número de assinaturas deve ser coletado. Em particular neste caso - a destituição do presidente da República - são necessários 2,4 milhões de assinaturas. Em dezembro de 2003, a oposição afirmou que tinha coletado 6 milhões de assinaturas. Em fevereiro, o Conselho Eleitoral Nacional declarou que 800 mil dessas assinaturas eram inválidas. Além disto, 700 mil foram declaradas obscuras e necessitavam passar por um processo de verificação. Este aspecto demonstra o quanto foi maciça a fraude. A decisão foi ratificada pelo Carter Center e por observadores da Organização dos Estados Americano-OEA que, certamente, não pode ser considerada, nem um pouco, uma organização revolucionária. Se a oposição conseguisse confirmar cinqüenta por cento das assinaturas duvidosas, estaria suficientemente apta a convocar o referendo. O Governo declarou que se dispunha a proceder em harmonia com a decisão do Conselho Nacional Eleitoral.
Mentira nº 2 - Chávez recorre à repressão contra a oposição
Na Venezuela têm acontecido centenas de manifestações pacíficas oposicionistas e nunca houve repressão política de qualquer espécie - o contrário do que costumava acontecer durante os 40 anos de domínio dos partidos agora na oposição. Em fevereiro deste ano, a oposição recusou-se a reconhecer a decisão do Conselho Eleitoral Nacional, convocado para desobediência civil e erguer barricadas nas ruas de Caracas. Ela enfrentou a Guarda Nacional com coquetéis Molotov e carabinas. A Guarda Nacional respondeu de forma moderada e desobstruiu as ruas. Após esses distúrbios organizados pela “oposição democrática” ocorreram outras manifestações pacíficas da oposição, no entanto de fraco comparecimento popular.
Mentira nº 3 - Chávez reprime a mídia
Nos últimos cinco anos, a mídia de propriedade privada - 90º da qual, dominada pela oposição – lançou sistemática de insultos contra o presidente democraticamente eleito, como também recorreu a mentiras deliberadas e iniciou uma campanha em prol de um golpe militar e pela derrubada do governo democrático por meios violentos. Contudo, não tem ocorrido qualquer censura da imprensa – o oposto do que habitualmente ocorria no curso dos 40 anos de poder dos partidos que agora compõem a oposição. Apenas dois canais de TV foram fechados durante estes cinco anos. O canal 8 – que é estatal - foi fechado pela oposição durante o golpe militar de abril de 2002; e a TV Catia, estação comunitária nas vizinhanças de Caracas, fechada pelo governo local controlado pela oposição “democrática”.
Mentira nº 4 - Na Venezuela há uma ditadura
Na Venezuela respeitam-se todos os diretos democráticos. Os únicos indivíduos que tentaram instalar uma ditadura na Venezuela foram aqueles pertencentes à oposição “democrática”, organizadores do golpe militar de abril de 2002, que suspenderam, a Assembléia Nacional (parlamento) e todos os direitos democráticos. Nenhum dos responsáveis pelo golpe está hoje na prisão A maioria deles anda livremente pelas ruas de Caracas enquanto trama novas conspirações para derribar o governo. Os outros vivem em confortável exílio em Miami, donde movem os cordéis conspirativos.
Mentira nº 5 - Chávez apóia o terrorismo
A oposição nunca apresentou qualquer prova para suas ridículas acusações – como, por exemplo, a existência de um campo de treinamento na ilha Margarita. No último sábado, 56 paramilitares colombianos foram presos. Eles treinavam com o objetivo de organizarem ações terroristas contra o governo democraticamente eleito numa área de propriedade do notório líder oposicionista El Hatillo.
Na Venezuela acontece um processo revolucionário que foi esmagadoramente apoiado pela população em sete sucessivas eleições nos últimos 5 anos. A oposição “democrática” representa os interesses de uma oligarquia que, por décadas, tem controlado as riquezas naturais do país e não deseja renunciar a seus privilégios. É por esta razão que apoiamos a revolução venezuelana.
Tradução de Odon Porto de Almeida