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Grandes acontecimentos estão agitando o Quênia. O governo de William Ruto – fiel servidor de Washington, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial – está tentando empurrar impostos punitivos goela abaixo das massas. E o seu governo colheu uma explosão de juventude, que encheram espontaneamente as ruas de todas as grandes cidades. Há elementos revolucionários na situação e muitos falam da vinda do Sri Lanka para o Quênia.

Nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (25), foi anunciado que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, finalmente se tornará um homem livre. Esta notícia será, obviamente, celebrada por todos aqueles que fizeram campanha pela sua libertação. No entanto, numa injustiça final, Assange está atualmente dentro de um avião com destino a Saipan, nas Ilhas Marianas, controladas pelos EUA, para se declarar culpado de uma acusação de espionagem. Assim, o imperialismo norte-americano, que nunca perdoou Assange por expor os seus crimes, exige uma última medida de vingança.

Após uma semana fantástica de ideias revolucionárias e relatos inspiradores de todo o mundo, após muitos meses de preparação por milhares de camaradas em dezenas de países, a conferência fundadora da Internacional Comunista Revolucionária (ICR) terminou com uma votação unânime para lançar esta nova Internacional. Mas isto é apenas o começo. Estamos a construir o partido mundial do comunismo revolucionário e precisamos da tua ajuda. Junta-te à recém-fundada ICR, estuda as ideias genuínas do marxismo e ajuda-nos a lutar pela revolução em nossas vidas!

Os comunistas são geralmente descritos pela classe dominante como indivíduos violentos que não vão parar até que a sociedade se afogue no seu próprio sangue. Portanto, não foi surpresa para nós quando o maior portal digital de notícias da Dinamarca, a BT, enquanto entrevistava um camarada dirigente da nossa seção dinamarquesa sobre a decisão histórica de fundar um Partido Comunista Revolucionário, passou a maior parte do tempo tentando fazer com que o camarada admitisse que nós nos colocamos a favor da violência.

Milhões de pessoas em todo o mundo ficaram horrorizadas na segunda-feira (27/05), depois que um ataque aéreo das FDI destruiu um acampamento para civis deslocados em Rafah, matando pelo menos 45 pessoas. As redes sociais estão repletas de imagens de homens, mulheres e crianças carbonizados e desmembrados, assassinados enquanto dormiam. Lênin escreveu certa vez que o capitalismo é um horror sem fim: em Gaza, essas palavras estão sendo pronunciadas nas linguagens do fogo e do sangue para todo o mundo ver.

O que começou como um protesto de professores por aumentos salariais expandiu-se para um motim policial duma semana e uma rebelião popular de professores, trabalhadores da saúde, energia e outros funcionários públicos na província de Misiones, no extremo nordeste do país, a 1.000 km da capital Buenos Aires.

Ontem (20/05), os veículos de mídia no mundo inteiro foram surpreendidos pela inusitada notícia de que o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, está pedindo mandados de prisão por crimes de guerra contra Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, e Yoav Gallant, o ministro da defesa.

Em 13 de maio, mais de 500 mil pessoas reuniram-se em Muzaffarabad, a capital da “Azad” (“Livre”) Caxemira controlada pelo Paquistão, para exigir eletricidade e farinha de trigo mais baratas. A classe dominante, apesar de ter atacado brutalmente os manifestantes anteriormente, aceitou agora, parcialmente, as exigências das massas. Esta é uma enorme vitória nesta parte da Caxemira, onde as pessoas protestam há mais de um ano por estas demandas. Esta vitória enviou ondas de choque pelos corredores do poder.

O Festival Eurovisão da Canção arrancou a 7 de maio, em Malmo, na Suécia, ao mesmo tempo que Israel lançava o ataque a Rafa, onde vivem atualmente mais de 1,5 milhões de refugiados palestinianos. Numa poderosa demonstração de solidariedade, a cidade de Malmo respondeu com uma das maiores manifestações a que a Suécia assistiu em décadas.

O ataque a Rafah, há muito planejado, começou. Na segunda-feira, 6 de maio, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram ataques aéreos contra a cidade e emitiram alertas de evacuação de cerca de 100 mil palestinos dos seus bairros a leste para as chamadas “zonas humanitárias” de al-Mawasi, em direção à costa, e a uma área a oeste de Khan Younis.

O ataque há muito planeado contra Rafah já começou. Na segunda-feira, 6 de maio, as Forças de Defesa Israelita lançaram ataques aéreos contra a cidade e emitiram apelos à evacuação de cerca de 100.000 palestinianos dos seus bairros orientais para as chamadas “zonas humanitárias” de al-Mawasi em direção à costa, e uma área a oeste de Khan Younis. 

Publicamos aqui uma contribuição de Alan Woods ao debate pré-congresso do Partido Comunista Brasileiro - Refundação Revolucionária. O PCB-RR reúne camaradas que foram burocraticamente expulsos do PCB em julho-agosto de 2023, depois de terem levantado toda uma série de divergências políticas, inclusive em relação à questão da natureza da guerra na Ucrânia. Queremos agradecer à Comissão Política Nacional Provisória do PCB-RR pela oportunidade desta troca de ideias entre os comunistas e desejar-lhes sucesso no seu congresso que terá lugar no final do mês. O artigo foi publicado na Tribuna de Debates do congresso PCB-RR com a seguinte introdução:

Na noite de terça-feira (30/04), a polícia nos Estados Unidos permaneceu impassível enquanto uma multidão de extremistas sionistas foi autorizada a atacar violentamente o acampamento de solidariedade à Palestina na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA). Os protestos pacíficos pró-Palestina que eclodem nos EUA foram considerados violentos, racistas e anti-semitas pelos meios de comunicação social e por políticos de todos os matizes. Mas há uma conspiração de silêncio em torno do racismo real e evidente e da violência extrema dos sionistas que atacam os campi nos últimos dias.

Nos Estados Unidos, mais de 60 universidades e faculdades viram estudantes e professores organizarem acampamentos em um movimento crescente contra o massacre em Gaza. Toda uma geração está se politizando e tirando conclusões sobre a natureza do imperialismo, o papel da polícia e do Estado e a necessidade de uma ação coletiva.

O pós-modernismo é uma escola de pensamento filosófica amorfa que ganhou destaque no período pós-guerra. Começando como uma tendência marginal, desde então cresceu e se tornou uma das escolas dominantes da filosofia burguesa, permeando grandes partes, senão a maioria, da academia hoje. Aqui publicamos o primeiro de uma série de artigos que analisam diferentes aspectos do pós-modernismo a partir de uma perspectiva marxista.