Um mês se passou desde que começou um movimento insurrecional no Chile. O levantamento das massas colocou nas cordas o governo empresarial de Sebastián Piñera, um dos homens mais ricos do continente. Diante do movimento, ele propôs, sempre tardiamente, concessões mínimas que são apenas uma armadilha para desmobilizar a classe trabalhadora e a juventude. Adicionado a isso, a repressão suscitou episódios gravíssimos de violação aos Direitos Humanos, como torturas e abusos sexuais. Até o dia 18 de novembro, as cifras oficiais contam 23 mortes, mais de 3 mil feridos, entre os quais mais de 200 pessoas tiveram danos oculares, com perda permanente da visão de um dos olhos.